Mudando de paisagem - Manaus e o aterro de seus igarapés.

Para quem não sabe, este braço de igarapé é o início do igarapé Bitencourt, que é uma ramificação do igarapé do Educandos (o que passa ao meio na foto), no segundo plano da foto, o destaque no título da imagem refere-se ao antigo bairro de Constantinópolis, hoje o Educandos.


O interessante desta foto é o aspecto de como a cidade conversava com os igarapés e com o Rio Negro, o igarapé Bitencourt, onde se vê um navio a vapor, hoje compreende ao Parque Jefferson Perez. Toda essa área foi aterrada ao longo dos anos, muitas ações foram em defesa da melhoria do saneamento da cidade, e também para abertura de novas vias, como é o caso da avenida Beira Rio que aterrou uma grande parte das margens do igarapé do Educandos, desde o Mercado Adolpho Lisboa até a Cachoeirinha.

Para entender outro processo de aterro dos nosso igarapés, considerados patrimônios ambientais, veja este link: http://bit.ly/Zt8uMd

O que muita gente não entende e, também pouco se fala é sobre esse patrimônio natural, que são as margens dos rios e igarapés. Eles são patrimônios da União e são áreas protegidas pela constituição. Temos mais de 60Km de praias fluviais que deveriam ser protegidas e preservadas, mas são constantemente ameaças e descaracterizadas, como é o caso do Prosamim, e da Praia da Ponta Negra, parcialmente aterrada para ser transformada em uma praia perene, o que fere todas as leis ambientais.

Manaus era pra ter uma das mais rígidas leis ambientais do mundo, por ser a capital da maior floresta e da maior biodiversidade, somos os que mais descaracterizam nossas margens para prevalecer acima de tudo, uma forma equivocada de evolução urbana que ocupa e destrói o Patrimônio Ambiental.

Fonte: (Acervo da Fundação Getulio Vargas - CPDOC)
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