Mercado Adolpho Lisboa e seu entorno degradado.

Eu aprendi no campo acadêmico da arquitetura, que nunca se deve tratar um projeto de forma isolada, pois ele não foi construído em uma fortaleza, e sim em uma cidade integrada a todos os seus aspectos, seja social, ambiental e cultural. Assim deve ser tratado o nosso patrimônio edificado, e ele só será plenamente valorizado, se seu entorno fizer parte do projeto desde o início, não apenas no processo final, com possíveis limpezas ou embelezamentos, mas revitalizando também seus acessos, vias, bens de interesse para preservação e todas as paisagens que convergem a ele.

No caso do nosso Mercado Adolpho Lisboa, preste a ser "reinaugurado", ou melhor, ser entregue à população, depois de longos anos fechado para restauro, nunca foi apresentado de fato um projeto do seu entorno, e todos os bens que compõem a paisagem arquitetônica. Há muita concentração de forças tarefas, energia e trabalho apenas para o mercado, enquanto centenas de outros prédios históricos ao seu arredor estão desconfigurados, abandonados e em ruínas.

Precisamos urgentemente de uma secretaria especializada sobre Patrimônio edificado em Manaus, como já defende a página Defesa do Patrimônio Arquitetônico e Histórico de Manaus ao abordar essa questão tão importante, pois nosso patrimônio vai muito além do Centro.

Leia a matéria desta sexta (04/10/2013) do jornal A Crítica:

Mercado Municipal Adolpho Lisboa ofuscado pelo lixo

Sujeira no entorno do Mercado Municipal Adolpho Lisboa tira o brilho da reinauguração de um dos patrimônios da cidade

Onde há lixo a céu aberto e lixeiras improvisadas, limpeza e coleta de lixo não bastam para manter o ambiente limpo (Winnetou Almeida)

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