Margens de Lyon, na França, passou por uma transformação onde antes havia priorização para circulação de automóveis, inclusive com grandes pátios de estacionamento ribeirinho, passou a ser um espaço público variado.
Imagens de antes quando era um estacionamento para carros, da proposta do projeto vencedor e como ficou as margens do rio Lyon atualmente.
Fotos. IN SITU Architectes Paysagistes |
O poder público local lançou um concurso de arquitetura, junto com assistência do Departamento da Grande Lyon (Grande Lyon Open Spaces Departament) e sua equipe de gerenciamento de projetos públicos.
Em 2003, os arquitetos da IN SITU Architectes Paysagistes ganharam o concurso, na qual defendia um projeto de linha contínua de espaço público e a natureza correndo entre ele, o que hoje podemos chamar de parque linear, uma extensão contínua envolvendo vários atrativos em um espaço aberto que promove a contemplação e valorização da natureza.
"Você não pode estacionar lá!" Era o lema do projeto ganhador, que propôs uma reconexão das pessoas com o rio e com a natureza, para recuperar o espaço público e facilitar uma rota ininterrupta ao longo da margem do rio através de uma variedade de modos de transporte sustentáveis lado a lado - principalmente caminhadas e ciclismo.
Esse projeto mostra claramente o que cidades desenvolvidas estão buscando o tempo perdido durante anos de ocupação desordenada das margens dos rios, onde todas as cidades do mundo se desenvolvem.
Manaus não fica fora dessa questão, sobre o atual estado que favorece a ocupação das margens de seu imenso Rio Negro, e dos igarapés, que sofrem uma drástica retificação e são margeados com grandes vias para os automóveis.
A orla da 'Manaus Moderna' expressa claramente a necessidade de uma real transformação, de uma defesa que busque a priorização das pessoas e da valorização na natureza local, mas infelizmente não há nada no projeto proposto pela prefeitura, que favoreça realmente a necessidade das pessoas usar aquela grande área, ainda pouco explorada por seu potencial turístico e ambiental.
A ideia de lançar um concurso de projetos de arquitetura para a área é fundamental para resgatar a democracia e a discussão sobre o que realmente queremos para nossa cidade. - Se queremos carros ou pessoas vivendo em Manaus.
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