Fachada do Copan será restaurada.


Um dos símbolos do centro paulistano, o Edifício Copan, projetado por Oscar Niemeyer (1907-2012) e inaugurado em 1966, deve ter sua fachada recuperada. As obras, orçadas em R$ 23 milhões, começam na próxima segunda (5). A previsão é que os trabalhos de restauro levem três anos.

“São 46 mil metros quadrados de pastilhas. E estavam caindo”, conta o síndico do prédio, Affonso Celso Prazeres de Oliveira. Desde 2012, a fachada do edifício está protegida com uma tela azulada, justamente para evitar que nacos do revestimento caiam sobre pedestres (no vídeo abaixo, o fotógrafo Hélvio Romero relata como foi acompanhar essa etapa do processo, há três anos).

O caixa do condomínio tem R$ 13 milhões já destinados para a obra. A administração espera viabilizar o restante por meio de parcerias com empresas privadas.

Com 35 andares distribuídos em 115 metros de altura, o Copan conta com 1160 apartamentos. No prédio, vivem cerca de 5 mil pessoas e há uma circulação média de 22 mil por dia.

Os trabalhos de substituição das pastilhas devem ser feitos por uma equipe de 36 operários. “As cores cinza e branca, evidentemente, serão mantidas”, diz o síndico. Nem poderia ser diferente, já que o edifício é tombado pelo Conpresp, órgão municipal de proteção ao patrimônio – datada de 2012, a resolução do órgão protege um conjunto de construções modernas na região central de São Paulo. O material do revestimento, entretanto, deve ser mais moderno – e mais resistente – do que o original. Ao longo desta semana, funcionários da empresa contratada para a obra estiveram no prédio, justamente para preparar o espaço para o começo da retirada das velhas pastilhas.

História. O nome Copan é uma redução de Companhia Pan-Americana de Hotéis e Turismo. A empresa foi criada no início dos anos 1950, em preparação para as comemorações do IV Centenário de São Paulo, celebrado em 1954. Em 1951, a companhia encomendou ao arquiteto Oscar Niemeyer um ambicioso projeto que previa apartamentos, hotel, teatro, cinemas, restaurantes, jardins suspensos, centenas de lojas e garagens subterrâneas – o que seria o Copan. O resultado, como se sabe, não foi bem assim. Após diversos atritos entre os investidores, o sinuoso edifício acabou inaugurado, somente em 1966 – bem diferente da ideia original.

Fonte: Estadão
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