Alguns aspectos sobre intervenções urbanas no Igarapé Bittencourt

ATERRO DO ANTIGO IGARAPÉ BITTENCOURT - Centro de Manaus

Em meados do sec XVIII, o igarapé do Educandos invadia este trecho até as pontes Romanas I e II, além da ponte Beijamim Constant, todos pela Av. Sete de Setembro. Mas já no final do sec. XIX, um grande processo de aterro, começou a ser feito, para margear todo o circuito de pista, que hoje compõe a Av. Beira Rio. Neste processo, toda água que escoava do igarapé Bittencourt foi represada neste trecho, no qual formando um aspecto natural na paisagem urbana do Centro.

Habitações irregulares, maioria palafitas foram compondo ainda mais a paisagem. Além das habitações, animais começaram a habitar o espaço, jacarés e pássaros como socó e galo d´água.

Todos esses elementos que foram compostos ao logo dos anos na paisagem da cidade, se acabaram com a implantação do programa PROSAMIM, em 2007. Este programa busca intervir nos igarapés urbanos de Manaus, retirando as palafitas e outras construções irregulares, para sofrer em gigantesco processo de aterro em todas as extensões do igarapé urbano.

Este antigo lago foi transformado em um parque da Secretaria de Cultura do Estado do Amazonas. O Parque Jeferson Peres é um projeto ousado e saudosista, com seus elementos de composição paisagistica que remetem a detalhes construtivos de edificações antigas, como o mercado Adolpho Lisboa e o piso da Praça São Sebastião. Promovendo um falsismo histórico na leitura da evolução arquitetônica e cultura da cidade de Manaus.


Lago Bittencourt - Aparentemente sujo, mas frequentemente sofria manutenção de limpeza.
 Foto:KJhones
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Aspecto da paisagem do Lago Bittencourt, em Manaus. 2006
 Foto:KJhones
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Paisagem atípica do antigo Lago Bittencourt.
 Foto:KJhones
Antigo funcionário que realizava manutenção de limpeza do lago Bittencourt.
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Alguns  pássaros sobre vegetação aquática "Repolho d´água".
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Pássaros que habitavam esse espaço urbano.
 Foto:KJhones

Alguns jacarés habitavam o lago.
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Jacaré fugindo das máquinas que invadiram seu espaço para aterro do lago.
Foto:KJhones

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Jacaré fugindo assustado com os tratores e caminhões que despejavam areia e barro no lago.
Foto:KJhones
 
Máquinas aterrando o espaço natural, onde peixes, aves e jacarés habitavam o lago, em plena área urbana. Vista da Ponte Romana I, Av. Sete de Setembro.
Foto:KJhones


Palafitas
Foto:KJhones


Início do aterro do Lago Bittencourt. Vista da Ponte Romana I, Av. Sete de Setembro - 2007
Foto:KJhones
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Palafitas do antigo lago do igarapé Bittencourt.
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Aspecto atual do antigo lago, hoje Parque Jeferson Peres.
Foto satélite

Situação anterior a intervenção da área do Lago Bittencourt.
Foto satélite
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7 comentários:

  1. Muito bom vc ter registrado isso..
    Posso usar seu blog nas minhas aulas>
    Gosto que os meus alunos reflitam sobre as mudanças na paisagem urbana e busquem soluções simples..

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  2. De parabéns! Muito interessante.

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  3. Belo registro! Agora já era... Um dia a natureza vai resgatar o q era dela.

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  4. Infelizmente a criação do Parque Jefferson Perez não mudou nada a cara da Cidade, pois no próprio parque foi deixado o riacho de águas que cortam o parque inteiro. Essas águas são fétidas e vem de esgotos que despejam dejetos em seu leito. A inteligencia da engenharia não foi capaz de visualizar esse problema ou não teve o menor interesse em canalizar o riacho. Mas isso não é tudo, a cidade inteira está um lixo, suja maltratada, descuidada. Suas calçadas quebradas, água escorrendo pelas sarjetas, cachorros abandonados pelas ruas, um verdadeiro caos. Pobre Manaus tao espoliada de suas belezas naturais por tantos dirigentes que não tem o menor compromisso com ela.

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  5. Deveriam ter melhor avaliado os fatores ambientais e culturais. A preservação da paisagem natural da nossa cidade é mais importante do que se basear em padrões 'modernos', levar em conta a história da nossa cidade e das famílias que ali residiam e a conexão que elas possuiam com o local.Essa questão do 'embelezamento' da cidade já é bem antiga... Adotar uma política de conscientização ambiental e uma adequada rede de esgotos seriam meios, acredito eu, mais importantes.

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  6. Muitos igarapés da cidade foram aterrados de uma forma tão irresponsável que sequer levaram em consideração os efeitos negativos que provocariam a biodiversidade e ao clima de Manaus.

    A saga de aterramento e destruição dos igarapés se deu de Eduardo a Eduardo e muitos problemas ainda virão com essa falta de compromisso e respeito com o meio ambiente.

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