O Rio de Janeiro por exemplo é a cidade com o maior número de esculturas ao ar livre, com quase 700 monumentos instalados em diversos locais pela cidade, incluindo áreas do Centro Histórico (foto). |
As cidades no final do século XIX, quando passaram por uma ampla política em embelezamento, os largos, praças e passeios públicos eram amplamente valorizados com monumentos que proporcionavam uma estética urbana voltada para a contemplação do espaço e principalmente de atrair as pessoas, tornando muitas vezes como ponto de encontro para discussões políticas, para casais de namorados, para artistas e escritores se inspirarem e tornarem a cidade viva com arte.
Hoje vivemos um estado (momento) de inércia sobre a estética urbana, onde os espaços públicos contemporâneos e os que ficam em áreas históricas, têm sido pouco valorizados sobre a arte. Muitos ainda aplicam um preconceito de que os Centros Históricos precisam ter a estética do passado, isso acaba criando uma pertubação na evolução da arte e arquitetura do local, a renovação ou a transformação precisa seguir conceitos de intervenções que marquem o presente momento, e isso pode ser feito também através da arte urbana contemporânea.
Temos dezenas de artistas plásticos de grande renome que podem contribuir para uma estética urbana voltada para a valorização da nossa cidade, precisamos transformar a cidade em um museu a céu aberto (como era no passado), mas na conceituação atual, proporcionando o mesmo envolvimento que existia há 100 anos, onde as pessoas usavam a cidade, não apenas transitavam por ela.
Nesses últimos tempos, temos visto que o gosto da estética urbana implantada não tem valorizado os espaços públicos, principalmente com essa "onda" ou moda de instalar chafarizes por toda a cidade, não são os mesmos chafarizes de antigamente, que tinham um significado e eram elementos que envolviam as pessoas, hoje parece que eles afastam.
O Centro Antigo de Manaus possui diversos locais ociosos, carentes de arte contemporânea para valorizar e voltar a atrair as pessoas para o momento de descontração e contemplação da cidade.
"Entre o passado e o presente há sempre uma estética a ser valorizada."
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