O histórico e imponente navio a ‘Vapor Benjamin’, está atracado nas margens do igarapé do Educando, à beira da Avenida Beira Rio (av. Lourenço da Silva Braga), na Manaus Moderna. Está localizando no terreno de propriedade do Sr. Coutinho, o navio está à venda há muito tempo, por um valor de R$ 200mil reais.
O tradicional Vapor tem uma forte história ligada ao Estado do Acre, pois no período áureo da borracha, entre o século XIX e século XX, o navio fez centenas de viagens levando mantimentos e famílias entre o trajeto Belém - Rio Branco – Belém, sempre passando por Manaus, hoje se encontra abandonado na antiga “Ilha de Caxangá”.
Segundo o Sr. Daniel, que toma conta do estaleiro da família Coutinho, onde se encontra o histórico navio, o Vapor foi deixado no local por volta de 1995, funcionava muito bem, e foi abandonado pela família ‘Pacheco’. Em meados de 2011, o governador do Acre esteve no local para tratar das negociações sobre a compra do navio, como o valor oferecido foi inferior ao ofertado, o então governador da época acabou desistindo da compra, deixando o navio à própria sorte até hoje. Daniel diz que não recebe nada para manter o navio em seu estaleiro, apenas paga um caseiro para tomar conta, para evitar que vândalos possam depredar mais ainda, pois até pichadores invadem o local, deixando o histórico navio mais feio.
Daniel afirma que o navio está em bom estado, se alguém comprar e investir sério consegue recuperá-lo e coloca-lo no rio novamente, o próprio Sr. Daniel que tem conhecimento avançado em construção naval, se compromete em oferecer seus serviços, junto a uma equipe qualificada e pagando um valor justo pelo trabalho de restauro.
A Prefeitura de Manaus poderia adquirir este histórico navio a vapor, para transformá-lo em uma embarcação de turismo fluvial pela orla da cidade de Manaus, promovendo um “city tour” desde o Encontro das Águas, até a Praia da Lua. O navio não tem mais capacidade de fazer grandes viagens, como antigamente, entre Belém e o Acre, mas pode servir à sociedade novamente como um atrativo, e torná-lo um memorial sobre a história da borracha e os três estados que serviram a este majestoso.
Obs.:
O estaleiro onde o navio se encontra fica quase na frente do Parque Jeferson Peres.
Foto. Damião Maia, do Blog Memórias do Acre.
Fonte: Manaus Sorrido e Blog do Rocha
Meu pai, Francisco Alves, hoje com 88 anos, teve que fazer uma viagem de urgência para tentar realizar um tratamento da visão por volta de 1953. Ele morava em Xapuri e veio para Rio Branco- Acre e então foi até belém- Pará, à época era o lugar mais acessível e com melhores condições para fazer o tratamento. Segundo suas lembranças, essa viagem foi a bordo de um navio a vapor chamado Benjamin. Infelizmente ele não conseguiu reverter o problema e perdeu a visão por completo logo depois da viagem, mas conta ainda sobre as características físicas da grande embarcação, inclusive com seus compartimentos superiores e o detalhe de ter feito a viagem na parte traseira onde, segundo ele, fazia muito barulho. Poderia ser então esse o mesmo barco dessa memorável e inesquecível viagem de meu pai?
ResponderExcluiresse navio faz parte da história da Amazônia o governo deveria revitaluzar
ResponderExcluirUm imóvel desse tão valioso desse talvez vai se acabar por questão negociável e/ou desprezo por parte de governantes
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