Brasil precisa avançar na mobilidade sustentável por trilhos, principalmente na Amazônia.

O País se afastou dos trilhos nos anos 1950, com o plano de crescimento rápido do presidente Juscelino Kubitschek, que priorizou rodovias. 



A construção de ferrovias era lenta para fazer o Brasil crescer "50 anos em cinco", como ele queria. "Em seis meses, você faz 500 quilômetros de estrada de terra. Isso em ferrovia leva três anos", diz Fabiano Pompermayer, técnico de planejamento e pesquisas do Ipea. Além disso, o lobby das rodovias foi forte. Desde a era JK, os investimentos e subsídios no setor são grandes, não só para abrir estradas como para atrair montadoras. Outro responsável foi o café, em baixa desde os anos 1930. Ele era transportado principalmente por trens, então várias empresas férreas faliram com a falta de trabalho. Em 1957, o governo estatizou as companhias ferroviárias. Desde então, o foco é o transporte de carga em rodovias.

A economia para o Amazonas duplicaria, se os investimentos em malha ferroviária fossem implantado, ao invés de lutar por abertura de novas rodovias, como a BR319, o impacto ambiental e social seria menos da metade, comparados com rodovias de quatro ou seis faixas, as ocupações ao longo da ferrovia se tornam limitadas, pois as estações são implantadas em áreas já ocupadas. Manaus poderia ter um linha férrea ligando o extremo norte, a partir de Roraima, passando pelo Amazonas e Rondônia, para se conectar à malha ferroviária em expansão pelo Brasil, podendo transportar muito mais gente e cargas, o que facilita a conexão com o resto do país.

Vantagens:
  • Ferrovias são artérias econômicas para qualquer país.
  • Transporta-se uma tonelada por ferrovia por um quarto da energia necessária na rodovia.
  • Índices de acidentes são muito menores, em comparação ao aumento de veículos de passeios e de cargas em rodovias.
  • Oferece muito mais segurança para animais silvestres, do que ampliação e duplicação de rodovias cada vez mais extensas, o que provoca o aumento de mortes de vários animais.
  • Não é necessário desmatar grandes áreas para abrir ferrovias, ao contrário de rodovias que consomem muito e ainda transporta pouco.
  • Reduz frete, ampliam-se fronteiras comerciais.

Texto: Keyce Araújo
Algumas fontes consultadas: Via Trolebus e Superinteressante.
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