Uma trajetória de
resistência e urbanismo ecológico.
Há 20 anos,
escolhi a bicicleta não apenas como meio de transporte — mas como forma de viver a cidade. Em Manaus, onde
pedalar é um mais que movimento: é um ato
político, ambiental e social.
Na verdade, comecei a gostar de pedalar ainda
criança, quando meu pai me levava para escola de bicicleta, me sentia livre e
feliz, os anos se passaram e em 2005 quando quase ninguém acreditava que era
possível se locomover de bike em uma cidade tão desigual, quente e hostil ao
ciclista. Mas continuei. E o que era um hábito rotineiro de ir ao trabalho virou
missão de vida.
Ao longo desses anos, idealizei projetos como o Ciclo Urbano Manaus, um programa sobre
a cultura da bicicleta em Manaus, que busca resgatar a história da bicicleta na
cidade, além de promover conscientização e participei do movimento Pedala Manaus e atuei em dezenas de mobilizações frente ao Massa Crítica,
ocupando as ruas para exigir infraestrutura
cicloviária, respeito e direito à cidade não só para quem pedala, mas
todos que não são dependentes do carro para se deslocar.
Criei campanhas como "Respeito ao Ciclista" que leva mensagens de paz e
empatia para motoristas.
Promovi mapeamos afetivos de trajetos de bicicletas,
propus novas rotas eficientes, ocupando todos os espaços possíveis para fazer a
bicicleta ser ouvida.
Como futuro urbanista, transformei o meu ativismo
em proposito de profissão, para mostrar que é possível mudar uma cidade para pessoas,
para animais e para os ecossistemas. Criei planos, escrevi manifestos, participei
de debates e fóruns, fiz intervenções, sempre com uma certeza: a cidade precisa ser redesenhada para
pessoas, não para carros.
Minhas defesas foram publicadas em grandes portais de
notícias e muitos blogs dedicados à cidade e à mobilidade. Mais importante que
isso, é que não falaram de mim, tratam e sempre deve ser tratado como algo para
inspirar pessoas a pedalar e a reconhecerem
a cidade.
Hoje, a bicicleta continua sendo meu transporte,
meu protesto de cidade melhor e meu projeto de futuro. E o meu desejo para as
próximas décadas é que mais pessoas descubram o poder da bicicleta.
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