Revista eletrônica PEGN discute: "Quando o escritório é sinônimo de lazer"


Os sócios Ricardo Santos e Rodrigo Raso, da agência Milk, alcançaram o que muita gente quer e poucos conseguem: trabalhar por esporte

por Maggi Krause
Gabriel Rinaldi
Bicicletas estacionadas pelos corredores e os diretores trabalhando de bermuda, camisa polo e tênis. Quem entra no escritório da agência de comunicação Milk, localizada no bairro paulistano de Pinheiros, encontra uma esteira instalada perto de uma janela com vista e um banheiro equipado com chuveiro, “para quem chega direto do treino”. Ali os funcionários correm no sentido literal da palavra: praticam corrida. O exemplo vem dos sócios-proprietários: o ex-fumante Ricardo Santos, 37 anos, corredor amador desde 2005, e o triatleta Rodrigo Raso, 34 anos, que treina modalidades variadas até 12 vezes por semana. A disposição para o esporte fez a dupla de publicitários mudar o rumo da agência em 2008, quando perdeu dois sócios e precisava se reinventar. Uma ação criativa em uma prova de corrida para a Sony Ericsson valeu mais do que as dezenas de medalhas penduradas nas paredes do escritório: garantiu a virada da Milk no cenário da comunicação e marcou a largada para vitórias nos negócios. Tanto que, em 2010, a revista Meio & Mensagem listou a agência entre as 18 empresas brasileiras mais importantes de comunicação no esporte. Detalhe: era a única especializada em running. Entre seus clientes figuram TAM, Duracell, British Airways, Philips, Nestlé, revista Runner’s World, Sony Ericsson e Johnson & Johnson. A intimidade e o comprometimento com o meio corrida atraiu a conta mais festejada da agência, a marca de tênis e acessórios esportivos Nike. A viagem para a meia maratona de Londres, em outubro passado, rendeu aos sócios um novo negócio: a distribuição da marca inglesa de bicicletas dobráveis Brompton no Brasil, oficializada desde fevereiro. “Há alguns meses venho trabalhar de bike. As conversas com a marca surgiram depois que fui a uma loja londrina escolher um modelo dobrável para mim. Por isso, digo que vida pessoal e profissional são indissociáveis”, afirma o convicto Santos.

Gabriel Rinaldi
1. ESPORTE E MEIO DE TRANSPORTE No hall do prédio onde fica a Milk, em Pinheiros, o ex-sedentário Ricardo e o triatleta Rodrigo chegam com suas bikes

SAÚDE NOS NEGÓCIOS 
Ricardo Santos: “Atualmente, a Milk faz a conexão com gente saudável. Toda marca, produto, ou serviço que quer se conectar com esse público tende a buscar nossas ideias. Os clientes percebem a legitimidade do nosso discurso porque corremos. Sabemos exatamente o que querem os atletas amadores, qual a linguagem e a motivação do esporte. Por isso Nike, Nestlé e Johnson & Johnson vieram nos procurar. O universo de running é enorme. Em uma prova de corrida dá para atingir 20 mil pessoas que buscam qualidade de vida.”

EQUIPE MOTIVADA Rodrigo Raso: “Custeamos o treinamento de corrida para todos na agência e eles precisam usar tênis Nike, claro. Não vemos bem quem chega tarde por conta de balada, mas quem chega tarde porque treina, tudo bem. Funcionário que não pratica esporte, não se encaixa, acaba indo embora. A descontração é a tônica no escritório, mas o trabalho é sério. Existe flexibilidade no horário, mas todos entregam suas tarefas no prazo e são comprometidos. Acho isso um dos méritos do esporte, a prática ensina disciplina e responsabilidade.”
Fonte: PEGN
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