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Campanha para que a cidade de Manaus abrace de vez, as iniciativas praticadas por alguns cicloativistas que promovem uma mobilidade alternativa e não poluente.





Implantação do sistema de ciclorota em São Paulo. 

Umas das alternativas baratas e eficazes implantada em São Paulo recentemente, vêm trazendo uma discussão sobre a importância de manter-se na mesma pista que os carros ocupam. As ciclorotas são traçadas na mesma via, compartilhando o espaço de uso preferencial sobre os veículos automotivos, direito assegurado pelo CTB - Art. 58.

O texto abaixo foi extraído da publicação: Coleção Bicicleta Brasil - Programa Brasileiro de mobilidade por bicicleta. Caderno 1, lançado pelo Ministério das Cidades, em 2007. Entenda sobre esse conceito de ciclorotas e suas vantagens econômicas e imediatistas que podem ser implantadas pelo Órgão Municipal, conforme o Código de Trânsito Brasileiro, que estabelece no âmbito de sua circunscrição, conforme o Art. 24: planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de veículos, de pedestres e de animais, e promover o desenvolvimento da circulação e da segurança de ciclistas.

O Conceito de Rotas Cicláveis

Rotas são caminhos, formados por segmentos viários ou espaços e trilhas naturais no campo ou na cidade, que podem ser utilizados pelos ciclistas na ligação entre uma origem e um destino.Podem ser divididas em rotas naturais ou rotas especiais, segundo as condições de organização do espaço, do caminho, da sua infra-estrutura natural ou artificial. Uma rota ciclável constitui a interligação entre um par de Origem e Destino, através do uso de todas as vias e caminhos disponíveis, desde que sejam minimamente preparados para garantir segurança à mobilidade dos ciclistas. Numa Rota Ciclável “X”, com 9 km, por exemplo, interligando um Ponto “A” a um Ponto “B” os ciclistas poderão percorrer várias infra-estruturas. Por exemplo,poderão ter um trecho inicial de 800 metros de forma compartilhada com veículos motorizados na via pública, depois 3,2 km de ciclovia, logo em seguida um trecho de 500 metros sobre acalca da, e adiante um pequeno segmento com 300 metros de ciclofaixa, mais outra ciclovia com3 km; e um último trecho de 1,2 km em via compartilhada com os automóveis, perfazendo todo o trajeto a extensão de 9 km.Ou seja, numa rota cicloviária o mais importante é que a ligação de um Ponto “A” para um Ponto “B” todas as situações enfrentadas pelos ciclistas estejam pensadas e projetadas. Assim,no próprio compartilhamento da via com veículos motorizados, há indicação de sinalização paraciclistas e motoristas e alguns arranjos muito especiais. Por exemplo, nos locais de parada à frente de semáforos, os ciclistas poderão posicionamento localizado por meio de pintura à frente dos automóveis.

Ciclorota em São Paulo, pista sinalizada. 

Numa rota cicloviária que inclua o uso do passeio pelas bicicletas, haverá a necessidade do órgão municipal competente em indicar, por meio de sinalização adequada, o início e o final do compartilhamento de bicicletas e pedestres como recomenda o Código de Trânsito Brasileiro –CTB, em seu Art. 59:

“Desde que autorizado e devidamente sinalizado pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre a via, será permitida a circulação de bicicletas nos passeios.”

Outros elementos, tais como pinturas diferenciadas de pavimento, uso de tachas e calotas,poderão auxiliar na garantia da circulação segura dos ciclistas em vias compartilhadas.Por fim, vale dizer que o largo emprego do conceito de rotas cicloviárias contribuirá à formação de muitas redes cicloviárias nas cidades brasileiras, mormente naquelas cidades que cresceram de forma espontânea, sem um planejamento prévio. Isto, porque os espaços lindeiros vazios junto das vias vão se tornando cada vez mais raros. E sendo assim, são raras também as possibilidades da inclusão de espaços específicos à infra-estrutura exclusiva para as bicicletas.


O Conceito de Ciclorotas em Espaços muito Estruturados


Pista sinalizadas, para tornar visível a passagem de ciclistas pela pista de uso intenso de carros.

Muitas vias das cidades apresentam excesso de pavimentação e em suas caixas, ao ser observada a quantidade de tráfego que por elas transitam diariamente. Muitas podem ser as razões para que apresentem hoje esta situação. Uma delas pode estar referenciada a pressão exercida em algum tempo para pavimentar uma via como forma de eliminar a poeira gerada pela passagem de veículos motorizados.Uma outra razão pode ser a perda de função no tecido urbano pelo surgimento de outra via que passou a cumprir papel mais importante e mais direto no escoamento do tráfego urbano.Uma terceira, ainda, pode ser a própria reformulação do uso do solo lindeiro de algumas vias laterais, que acabaram por atrair o tráfego para elas. Daí resulta que uma ou mais vias de um bairro passa a operar com baixa movimentação de veículos, vindo a cumprir o papel de vias locais.

A Ciclorota constitui-se também pela preparação de mapas indicando aos ciclistas quais os caminhos mais seguros a percorrer, fazendo uso de vias com baixos volumes de tráfego em uma região ou bairro da cidade. Para reforçar esta oportunidade de uso de espaços favoráveis à circulação dos ciclistas, é possível adotar nas vias algumas dessas rotas e ações muito simples:

a)colocação de placas especiais no início e fim dos quarteirões indicando que ele faz parte de uma ciclorota;

b) tratamento dos cruzamentos mais perigosos das vias incluídas no mapa da rede de ciclorotas, ao menos com pinturas preferenciais à passagem dos ciclistas;

c) adoção de pavimentos ou tachas em cruzamentos simples, criando situações de proteção aos ciclistas;

d) inclusão no mapa da rede de ciclorotas de fornecedores de equipamentos e acessórios para bicicletas da região, de tal maneira a conceder suporte aos ciclistas.

Esta constitui uma síntese das ações que podem ser empreendidas na configuração de ciclorotas.Por fim, afirma-se que não existe uma solução única para tornar mais seguro e agradável ouso da bicicleta, devendo-se fazer uso de diversas alternativas para proporcionar infra-estrutura adequada aos ciclistas no meio urbano.

Sinalize está ideia! 

Experiências plausíveis na implantação de ciclorotas em cidades como São Paulo, mostram a viabilidade de compartilhar a mesma pista, favorecendo ao convívio e repeito de todos que usam este espaço urbanos massificado pela classe de automóveis.





Vídeo depoimento de Renata Falzoni sobre a implantação da ciclorota em São Paulo.







Alguns ativismos já foram realizados em São Paulo, onde ciclistas pintavam as pistas de rolamentos com stencil do logotipo específico das rotas de bikes.

Vídeo "Compartilhe a Pista" - Ativismo





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Sobre Unknown

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1 comentários:

  1. Eu gosto muito do princípio de ciclorrotas desde que ele se assemelha ao conceito de bicycle boulevard cujos princípios básicos, não mencionados aqui são:
    controle/redução da velocidade dos carros (com lombadas)
    controle/redução do fluxo de carros, dificultando o fluxo de carro na rota fazendo desvios para carros, deixando passar bicicleta em linha reta ao longo da ciclorrota.

    Um pouco mais sobre bicycle boulevard:
    http://vitoria-sustentavel.blogspot.com/2011/10/bicycle-boulevard.html

    Caso contrário, eu acho o esforço insuficiente. Em particular se a velocidade dos carros for alta demais, eu acho perigoso demais querer colocar muitos ciclistas naquele lugar mesmo se fica melhor do que sem esse remanejamento da rua.

    Emmanuel M. Favre-Nicolin
    Blog Vitória Sustentável
    http://vitoria-sustentavel.blogspot.com

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