No Amazonas o remo é uma das modalidades mais antigas, e teve sua origem nos fins do século XIX e início do século XX. Naquele tempo, era um dos esportes mais apreciados na cidade. Os clubes náuticos da época eram: o Manaus Ruder Klub, fundado pelos alemães, e cuja garagem flutuante, armada em zinco, geralmente se abrigava ao pé do igarapé de Manaus, atrás do Palácio Rio Negro; o Clube Amazonense de Regatas, com sede vasta, armada sobre pilares de pedra, localizava-se na Escadaria dos Remédios; e o Grêmio Náutico Portugal.
Igarapé Bitencourt, ponte Romana em Manaus, onde se fazia a prática do remo. |
Imagem ilustrativa de embarcações com prática de remo em Manaus. |
As regatas, que atraíam muitos aficionados, eram disputadas no Rio Negro, em domingos de águas tranquilas, num percurso que ia do São Raimundo até o Paredão; ou no próprio igarapé dos Educandos.1 Nos domingos, entre os hábitos dos amazonenses, incluía-se os passeios ao cais do porto. Crianças, jovens, homens e mulheres trajados com suas melhores roupas, reuniam-se naquele local para assistir a provas de remo. Uma das festividades comemoradas com grande júbilo pelos clubes náuticos, era o dia da Independência do Brasil, com a realização de um campeonato de regata na baía do Rio Negro. Era uma tarde de vibração cívico-desportiva. Os torcedores, o povo, nas primeiras horas da tarde, lotavam o Porto de Manaus, a beira do rio, e também as embarcações embandeiradas; enfim, era um entusiasmo esportivo em homenagem a Mãe Pátria.
Em meados dos anos 1940, os antigos clubes foram retomados por abnegados, que voltaram a competir entre si e resgataram o glamour de outrora. Dos anos de 1970 até meados dos anos 1990, o remo no Amazonas ficou no ostracismo, devido ao fato de encontrar-se em situação irregular perante a Confederação Brasileira de Remo, sendo proibido de participar de competições oficiais. Em 1997, com o Desafio Internacional entre as Universidades de Cambridge e Oxford, mais a participação da Seleção Brasileira de Remo, realizado nas águas do Rio Negro, no percurso entre o Roadway e a praia da Ponta Negra, a Federação Amazonense ressurge com uma nova proposta: revitalizar o esporte, proporcionando infra-estrutura aos clubes e, principalmente, aos atletas. Foi através do trabalho desenvolvido pelo presidente, à época, o senhor José Augusto de Almeida, que a Federação Amazonense de Remo foi regulamentada e reorganizada administrativamente. Os primeiros anos foram de reestruturação e de embate pelo resgate da credibilidade do remo amazonense.
Fonte do texto: Escola de Remo de Manaus.
No livro Evocação de Manaus, do ex-senador Jefferson Peres – As competições oficiais eram realizadas no Rodoway, sempre na Semana da Pátria, existiam três clubes – O Clube do Remo (antigo Manaus Ruder Klub): fundado por alemães, tinha a sua garagem de zinco (hoje está atracado embaixo da ponte de Educandos), no Igarapé de Manaus, com acesso pela Ponte Cabral (I Ponte da 7 de Setembro) – O Clube Amazonense de Regatas: ficava as margens do Rio Negro, na Escadaria dos Remédios – O Grêmio Náutico Portugal: com sede na orla do Rio Negro, no início da Avenida 7 de Setembro.
Praticavam várias modalidades: Skiff, Canoa e Out-Rigger. As competições eram realizadas na baia do Rio Negro, com partida em frente aos coqueiros do bairro de São Raimundo, com a linha de chegada em flutuantes colocados em frente ao Rodoway. Os atletas de destaque eram: Walmir Robert, Simão Abnader e Francisco Reis Filho. Havia também o “Water-Polo”, praticados pelos atletas do Remo – as raias eram armadas ao lado das garagens dos remos; disputavam em pé de igualdade com os times do Navio-escola Almirante Saldanha (brasileiro) e Apollo (esquadra inglesa).
Fonte: Blog do Martins Rocha
GALERIA DE IMAGENS DA ESCOLA DE REMO EM MANAUS
Contato Escola de Remo de Manaus: escoladeremo@gmail.com
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2013 - Prefeitura de Manaus irá revitalizar a Escola de Remo
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Muito bacana o blog..Parabéns!!!
ResponderExcluirObrigado por falar sobre o remo amazonense..... ��������
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