Projeto 'Casas de BH' conta história da cidade por meio da arquitetura.


Um casarão na Rua da Bahia, no Centro de Belo Horizonte, construído em 1909, é sede da segunda editora mais antiga do Brasil, a Francisco Alves. Ela perde apenas para a Impressão Régia do Rio de Janeiro, hoje Imprensa Nacional. Esta é uma das histórias resgatadas pela página do Facebook “Casas de Belo Horizonte” que há dois meses busca contar um pouco da trajetória da jovem capital – fundada em 1897- através de imóveis antigos.

“O projeto surgiu inicialmente a partir da repercussão que as fotos tiveram em minha página pessoal. Observei que havia um interesse significativo no assunto, e pensei que poderia ser uma boa criar uma página para reunir fotos, informações e pessoas interessadas no assunto”, disse o criador da iniciativa que prefere não se identificar.

“Bom, em função da repercussão da página, tenho desenvolvido alguns projetos paralelos relacionados à fotografia de arquitetura. Penso que no momento a página merece o destaque, e essa discrição me permite ir trabalhando nos outros projetos com mais tranquilidade”, contou o arquiteto e fotógrafo amador.

A página recebe cerca de 10 mil visitas semanais. Segundo o Facebook, pessoas de 45 países já se interessaram pelo projeto. “Realmente não esperava que fosse assim”, disse o idealizador.

O projeto já fotografou 25 casas. Elas resistem “espremidas” entre prédios, isoladas em quarteirões pouco movimentados ou escondidas por fachadas mal conservadas como o “castelinho do Floresta”, na Região Leste de Belo Horizonte.

De acordo com o criador da página, ele foi o imóvel que mais chamou a atenção dos leitores. Construído em 1918, o castelinho abrigou o Hotel Palladium entre as décadas de 60 e 80, mas há 15 anos está abandonado. Segundo a “Casas de Belo Horizonte”, ele é um dos poucos exemplares do estilo Art Nouveau na cidade.

Para o arquiteto, o desafio agora é descobrir os segredos de uma casa na Rua Aimorés, construída no ano da fundação de Belo Horizonte. “Tenho tentado tirar foto há algumas semanas, mas sempre há carros na frente. Ela é de 1897 e é uma das que mais gosto”.

Ele trabalha sozinho. Quando um imóvel chama sua atenção, fotografa e tenta descobrir seu passado. Sites, livros de arquitetura e documentos são os pontos de partida, mas o arquiteto admite que o passado de grande parte das fotos ainda é misterioso. É quase um trabalho de “caça ao tesouro”.

“Sempre caminho muito a pé pela cidade, e me chamava a atenção algumas residências antigas. Elas se destacam não só pela história e pela beleza, mas também por retratar o passado da cidade e serem exemplos da boa arquitetura”, disse.

Fonte: G1

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