Os conselhos de um dos mais prestigiados arquitetos nacionais para conseguir um espaço de fruição que respeite as normas de integração paisagística.
Um dos mais renomados e premiados arquitetos portugueses. Criou os emblemáticos jardins da Gulbenkian e de Amália Rodrigues e foi responsável pela construção do corredor verde que liga o centro de Lisboa até ao pulmão da cidade, o Parque Florestal de Monsanto. A Federação Internacional dos Arquitetos Paisagistas distinguiu-o com o prêmio Sir Geoffrey Jellicoe, um dos prêmios que recebeu ao longo da sua vasta carreira.
Veja algum dos mandamentos que o especialista defende para a criação de um jardim sustentável:
1. Aposte na sublimação do lugar, «tornando-o feliz e ameno»
2. Invista em lagos e charcos. A presença da água, traduzida na sua serenidade estética, confere um movimento ritmado e uma dinâmica musical ao jardim.
3. Arrisque em espécies que podem fazer a diferença, para sublimar a pujança da natureza compreendida na sua diversidade biológica e no ritmo de vida.
4. Tire partido da luminosidade natural dos espaços. O esplendor da luz é conseguido através do contraste sombra-claridade e da harmonia das cores.
5. Deixe-se influenciar pela geometria, apostando na profundidade das perspectivas e no recorte dos sucessivos planos conseguindo valorizar distancias e formas.
6. Olhe à sua volta. A integração na paisagem envolvente, sempre que esta seja ordenada e bela.
7. Não imponha uma visão que pode não ser a mais adequada. Aceitar com base da concepção do jardim ou da paisagem a ordem natural da natureza liberta da acepção da sociedade humana.
8. Valorize os aspetos culturais da paisagem. Tal implica impor à ordem natural a ordem cultural que sublimará aquela em face do seu único utente, o homem.
9. Evite os excessos. Esta recomendação passa por exaltar no jardim ou na paisagem a simplicidade no ordenamento das coisas, evitando a decoração pela decoração.
10. Planeje e não tenha medo de recorrer a ajuda especializada. Um jardim e uma paisagem são fruto de concepções e projetos e nunca de arranjos ou decorações, pelo que a sua grandeza e beleza resulta no que lhes é essencial na medida certa.
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